- Nome:
Web 2.0
- Descrição
(Funcionalidades):
Segundo
Berners-Lee, et al. (1994, p.
76 in Carvalho, 2008, p.7) a Web “foi desenvolvida para ser um repositório do
conhecimento humano, que permitiria que colaboradores em locais distintos partilhassem
as suas ideias e todos os aspetos de um projeto comum”.
A Web começou por ser principalmente
textos/conteúdos com hiperligações, que com o decorrer do tempo se veio a
associar imagens, sons e vídeos (Carvalho, 2008, p. 7). Esta popularizou as
publicações online e o fácil acesso à informação, sendo que esta ficou ainda
mais “facilitada” e interativa com as funcionalidades da Web 2.0.
O termo Web 2.0 surgiu em meados
de 2004 proposto por Tim O’Reilly. Este conceito refere-se a uma nova “versão”
da Internet que possibilita maior interação. Permite a partilha e troca de
opiniões que só era possível de forma offline. Podemos dizer eu a Web 2.0 é uma
“segunda” geração de comunidades e serviços assentes na plataforma Web, temos
como exemplo, as wikis e as redes sociais. Esta ficou “popular” graças a
aplicações como a Wikipédia, o YouTube, o Blogger, entre
outros. Mais recentemente a Web 2.0 está a vulgarizar-se nos dispositivos
móveis (Telemóvel, PDA, entre outros). A Web passa a ser vista como uma
plataforma, onde tudo é de fácil acesso, até mesmo a forma de publicar online,
sendo que, já não é necessário criar páginas Web para o fazer.
A Web 2.0 carateriza-se pelo
acesso gratuito aos sites e ferramentas, na maioria das vezes.
As funcionalidades ou ferramentas
mais vulgares da Web 2.0 são:
ð os Blogues – são
sites criados pelos os utilizadores em jeito de diário, os textos redigidos e
publicados são apresentados na ordem cronológica inversa, ou seja, do mais
recente para o mais antigo. Segundo Carvalho, et al. (2006, p. 637 in Carvalho, 2008, p. 19) o blogue pode “funcionar como caderno, portefólio,
fórum, apoio à disciplina, também pode ser usado para disponibilizar pequenos
sites como WebQuest e Caça ao Tesouro, que são atividades orientadas para a
pesquisa na Web”.
ð Os Wikis – o
conteúdo publicado é adicionado e mantido por quem visita a Wiki. É um software
colaborativo. Os Wikis permitem publicar e partilhar conteúdos de uma forma
facilitada (Martins in
Carvalho, 2008, p. 65).
ð Tagging –
adicionar palavras-chave ou destacar/identificar algo (por exemplo, identificar
pessoas numa rede social);
ð Favoritos –
pode-se consultar em qualquer computador que tenha acesso à Internet e, pode-se
comentar ou partilhar os mesmos com outros utilizadores.
ð RSS feeds –
são mensagens de alerta enviadas aos utilizados como forma de os chamar a
atenção das alterações feitas nos conteúdos apresentados no site.
ð Hiperligações
– disponibilizar num site “palavras-chave” que, quando clicando nelas é
possível aceder a conteúdos publicados noutros sites, facilitando assim, o
acesso e de enriquecer os conteúdos com opiniões de outros utilizadores.
ð Fóruns de
opinião, em espaços criados para este propósito. Também a funcionalidade dos
comentários a notícias, gerados pelos jornais e revistas online, pode de forma
indireta, levar a fóruns de opinião.
ð Youtube – possibilita
a partilha de vídeos por qualquer utilizador que tenha conta no portal do
youtube. É possível ter acesso às estatísticas detalhadas de cada vídeo publicado
pelos utilizadores. Atualmente, para além do número de visualizações do vídeo,
também permite conhecer a nacionalidade dos utilizadores e, a data da publicação
do vídeo.
ð Podcast – produção e publicação online de registos
áudio por parte dos utilizadores. Este conceito ganhou mais ênfase com o
aumento da criação de rádios na Web, sendo que, também é utilizado noutras
áreas, como por exemplo, na educação. Estes ficheiros de áudio podem ser
descarregados para agregadores, como por exemplo, para o iTunes, telemóveis,
entre outros, podendo ser ouvido depois em qualquer lugar e em qualquer
momento, mesmo no meio do trânsito (Carvalho, 2013).
ð Dandelife – permite
construir linhas do tempo, gratuitamente. Em cada data, pode-se inserir: um
texto a contar um facto, imagens do Flickr, vídeos do Youtube e áudios, tudo
isto para registar um determinado momento. Sendo que, pode-se partilhar esta
linha do tempo com todo o mundo. Ou seja, estamos a construir memórias
digitais.
ð Goowy – “é um desktop, como o do nosso
computador de casa, com todas as suas funcionalidades, mas acessível através da
Internet, onde quer que estejamos. No nosso desktop online podemos personalizá-lo
ao nosso gosto colocando, por exemplo, a imagem preferida como fundo. É
indicado para utilizadores que viajam e não podem ou não têm portátil e querem
manter-se atualizadas com as notícias, e-mail´s, e, sobretudo, ter acesso aos
seus ficheiros” (Martins in Carvalho, 2008, p. 74).
ð Entre muitas outras.
Em jeito de conclusão, a Web 2.0
tem basicamente a ver com a ver com o facto de se poder aceder em qualquer
lugar e em qualquer computador às “redes” sem ser necessário um programa instalado
no computador, por exemplo, e-mail, Facebook, Hi5, entre muitos outros. Fazer
comentários e postar (fotografias, vídeos, entre muitas outras coisas)
contribui bastante para o desenvolvimento do espírito crítico das pessoas e
aumentar a sua interação social online, sendo que, este último, pode tornar-se
numa desvantagem, quando utilizado em demasia, visto que, as pessoas isolam-se
em frente ao computador e não confraternizam com outras pessoas de forma
presencial.
-
Potencialidades Pedagógicas (possibilidades educativas):
Na linha do
pensamento de Richardson (2006, in
Carvalho, 2008, p. 8) escrever online é estimulante tanto para os alunos
como para os professores, tornando-se a maioria dos alunos passam a ser mais
empenhados.
A Web 2.0 apresenta-nos várias ferramentas que têm como finalidade
facilitar a tarefa dos professores e educadores em contextos educativos. Sendo
estas ferramentas, muito úteis nas práticas educativas, por exemplo, um
professor pode criar um Blogue para partilhar informações, conteúdos
programáticos com os alunos, sugerir bibliografia complementar, entre outros.
As ferramentas da Web 2.0, algumas delas abordadas anteriormente, são grandes
potencialidade pedagógicas.
Ora vejamos um exemplo, proposto por Moura (2008 in Carvalho, 2008, p. 126):
“o
telemóvel é indispensável aos jovens. Então por que não aproveitar o seu potencial
em benefício da aprendizagem? Apesar dos dispositivos móveis estarem, na
maioria das escolas, proibidos e por isso o seu uso na sala de aula ser quase
nulo, há já algumas experiências que revelam vantagens na sua utilização (Moura
& Carvalho, 2008a, 2008b; Ross, 2008; Topolsky, 2007).
O diretor de uma escola
secundária em Hallsville prometeu entregar a cada aluno um iPod Nano ou iPod
Touch para uso educacional caso se verifiquem resultados positivos na
aprendizagem. No estudo piloto realizado com dispositivos móveis Apple os
resultados obtidos apontam para um aumento da retenção da informação, como
atesta Stanfield: “By comparing test results with classes that are not using
the technology, students in the pilot project appear to have increased
information retention by about 50 percent”. Ele considera ainda que estes resultados são
coincidentes com outras investigações: “the preliminar results appear
consistent with scientific research indicating students learn more through the
use of “rich media,” or a combination of audio and vídeo elements, than through
a traditional lecture” (Ross, 2008).
Falar em tecnologias
móveis não é só falar em telemóveis mas também em mentes móveis. Não se sabe
ainda como os alunos que aprendem através destas tecnologias irão atuar na
sociedade futuramente. No entanto, os dispositivos móveis levam os alunos a
envolver-se na aprendizagem como nunca foi visto antes o que certamente terá
consequências nos seus desempenhos”.
Citando ainda, Magalhães (2008 in
Carvalho, 2008, p. 213),
“atualmente,
o aproveitamento da Tecnologias da Informação e da Comunicação é a grande
prioridade das escolas, uma vez que os alunos se tornaram, cada vez mais,
consumidores de tecnologia. Assim sendo, esta não pode deixar de se tornar uma
“parceira no processo educativo” (Jonassen, 2007:15). Professores e alunos
recorrem a ferramentas de trabalho, para as quais precisam de aprofundar as
suas competências tecnológicas, para acompanhar as mudanças no sector
educativo. Mas, dado o ritmo da evolução da informação e do conhecimento, é
imprescindível definir, na educação, como prioridade “a aquisição da capacidade
intelectual necessária para aprender a aprender durante toda a vida, obtendo
informação armazenada digitalmente, recombinando-a e utilizando-a para produzir
conhecimento para o objetivo desejado em cada momento” (Castells, 2004:320)”.
É
necessário uma constante renovação das estratégias e dos recursos usados nos
processos de ensino e de aprendizagem, sendo a Web 2.0 importante, devido às
suas ferramentas, visto que, permitem a construção coletiva de conhecimentos,
dois exemplos destas ferramentas, podem ser a Wiki e os Docs Wikispaces.
-
Licenciamento (Open-source/comercial):
Não existe licenciamento ou venda, só uso,
porque é tudo feito a partir do browser, não sendo necessário nenhum acrescento
para cada plataforma.
- Link de
acesso:
A Web 2.0 não tem nenhum link de
acesso específico.
ð“Planeta Web 2.0: inteligência coletiva o médios fast food”, disponível em: http://www.planetaweb2.net/
ðCarvalho, A. (org.) (2008). Manual de ferramentas da Web 2.0 para professores. Lisboa: Ministério da Educação – Direção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular. O'REILLY
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