As comunidades de aprendizagem
Online, são o oposto das comunidades de aprendizagem tradicionais, visto que,
se constroem através da Internet, não havendo necessidade de existir um espaço
geográfico pré-estabelecido (Carvalho & Gomes, 2012).
Segundo Palloff & Pratt (2002, in Carvalho
& Gomes, 2012, p. 121) as comunidades de aprendizagem Online junta as
“pessoas com interesses e objetivos similares”.
Garrison
& Vaughan (2008, in Carvalho
& Gomes, 2012), dizem-nos que, para se construir uma comunidade de
aprendizagem Online é necessário: a presença social, a presença cognitiva e a
presença do docente. Sendo que, estes três elementos (interdependentes) devem
de interagir entre si.
Carvalho
& Gomes (2012, p. 121), dizem-nos que a “expressão comunidade de aprendizagem
é, por vezes, usada como sinónimo de comunidade de prática (Wenger, 1998a),
comunidade virtual (Rheingold, 2000) e comunidade de inquirição (Garrison &
Vaughan, 2008)”.
Quanto ao
contexto em que ocorrerem as comunidades de aprendizagem Online, poderá ser formal
ou informal.
Um exemplo
de uma comunidade de aprendizagem Online em contexto formal, são os cursos de
educação à distância (EAD), onde maioria as aulas não são presenciais e o docente/tutor
tem de definir estratégias e planificar atividades de forma a manter os alunos
envolvidos e motivados na comunidade de aprendizagem. Neste sentido, e como já
abordamos num post anterior, o professor/tutor deverá seguir um modelo de tutoria Online (como por
exemplo, o de Gilly Solmon), começando por quebrar o gelo entre os formandos e
o formador, através de uma dinâmica de apresentação. Logo após, deve-se
estabelecer as regras de funcionamento e disponibilizar um guia de atividades e
de conteúdos que irão ser desenvolvidos ao longo do curso, aos formandos. De
seguida, o momento que se segue é o desenvolvimento da comunidade, é uma tarefa
complexa para o professor/tutor, este deve proporcionar: a interação entre os
formandos e os conteúdos, a partilha de recursos e apoio e a aprendizagem
colaborativa. Sendo ainda pertinente salientar que, os papéis dos elementos que
se encontram na comunidade de aprendizagem Online devem de estar bem definidos.
O professor/tutor, segundo Palloff & Pratt (2002, in Carvalho & Gomes,
2012) dentro da comunidade de aprendizagem Online é “simultaneamente
facilitador, organizador, animador e comunicador de informações” (p. 129).
Relativamente às comunidades de
aprendizagem Online em contextos informais, temos como exemplo, os MMOG
(Massively Multiplayer Online Game), ou seja, os jogos Online, os quais nos
últimos tempos, têm evoluído bastante, passando-se de uma interação textual
simples, para ações perfomáticas complexas (Carvalho & Gomes, 2012, p.
131).
Klastrup (2009, in Carvalho & Gomes, 2012) identifica quatro categorias da
forma como os jogadores devem de interagir entre si, nomeadamente: o design da
aparência (a forma como um jogador veste o seu avatar estabelece as suas
caraterísticas pessoais), as ações comunicativas (utilização das ferramentas de
comunicação do jogo, para interagir com os outros jogadores), as ações emotivas
(representar dentro do jogo, de forma textual as emoções dos jogadores) e, por
último, as ações de comando (são as ordens dadas, através de comandos textuais
ao sistema do jogo, as quais irão representar uma ação dentro do jogo)
(Carvalho & Gomes, 2012, p. 131-132).
Para terminar esta breve reflexão, os
MMOG são criados em 2D ou 3D e, caraterizam-se por reunirem milhares de pessoas
num ambiente virtual e, por terem regras próprias (mas, permitindo ao jogador
uma exploração livre do jogo) (Carvalho & Gomes, 2012).
Eu, não tenho conta em nenhum MMOG
mas, o meu irmão, tem no “forge of empires” e, por vezes, a pedido dele, vou lá
fazer as “recolhas” da produção e, um facto que, se consta é que, há muita
interação entre os jogadores! E, vocês? Um facto é que, como os MMOG, para além
de se jogar, também se podem criar laços de amizade! Há quem, conheça lá a sua cara-metade,
e esteja a uma distância geográfica consideravelmente grande, conheço um
exemplo! Tem algum testemunho a fazer?
Referência
bibliográfica consultada:
Carvalho, A. & Gomes, T. (2012).
Comunidades de aprendizagem Online em contextos formais e não formais. In Flores, M. & Ilídio, F. (orgs.)
(2012). Currículo e comunidades de
aprendizagem: Desafios e perspetivas. Santo Tirso: De facto. 121-147.
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