domingo, 19 de maio de 2013

Comunidades de aprendizagem Online


As comunidades de aprendizagem Online, são o oposto das comunidades de aprendizagem tradicionais, visto que, se constroem através da Internet, não havendo necessidade de existir um espaço geográfico pré-estabelecido (Carvalho & Gomes, 2012).
Segundo Palloff & Pratt (2002, in Carvalho & Gomes, 2012, p. 121) as comunidades de aprendizagem Online junta as “pessoas com interesses e objetivos similares”.
Garrison & Vaughan (2008, in Carvalho & Gomes, 2012), dizem-nos que, para se construir uma comunidade de aprendizagem Online é necessário: a presença social, a presença cognitiva e a presença do docente. Sendo que, estes três elementos (interdependentes) devem de interagir entre si.
Carvalho & Gomes (2012, p. 121), dizem-nos que a “expressão comunidade de aprendizagem é, por vezes, usada como sinónimo de comunidade de prática (Wenger, 1998a), comunidade virtual (Rheingold, 2000) e comunidade de inquirição (Garrison & Vaughan, 2008)”.
Quanto ao contexto em que ocorrerem as comunidades de aprendizagem Online, poderá ser formal ou informal.
Um exemplo de uma comunidade de aprendizagem Online em contexto formal, são os cursos de educação à distância (EAD), onde maioria as aulas não são presenciais e o docente/tutor tem de definir estratégias e planificar atividades de forma a manter os alunos envolvidos e motivados na comunidade de aprendizagem. Neste sentido, e como já abordamos num post anterior, o professor/tutor deverá seguir um modelo de tutoria Online (como por exemplo, o de Gilly Solmon), começando por quebrar o gelo entre os formandos e o formador, através de uma dinâmica de apresentação. Logo após, deve-se estabelecer as regras de funcionamento e disponibilizar um guia de atividades e de conteúdos que irão ser desenvolvidos ao longo do curso, aos formandos. De seguida, o momento que se segue é o desenvolvimento da comunidade, é uma tarefa complexa para o professor/tutor, este deve proporcionar: a interação entre os formandos e os conteúdos, a partilha de recursos e apoio e a aprendizagem colaborativa. Sendo ainda pertinente salientar que, os papéis dos elementos que se encontram na comunidade de aprendizagem Online devem de estar bem definidos. O professor/tutor, segundo Palloff & Pratt (2002, in Carvalho & Gomes, 2012) dentro da comunidade de aprendizagem Online é “simultaneamente facilitador, organizador, animador e comunicador de informações” (p. 129).
Relativamente às comunidades de aprendizagem Online em contextos informais, temos como exemplo, os MMOG (Massively Multiplayer Online Game), ou seja, os jogos Online, os quais nos últimos tempos, têm evoluído bastante, passando-se de uma interação textual simples, para ações perfomáticas complexas (Carvalho & Gomes, 2012, p. 131).
Klastrup (2009, in Carvalho & Gomes, 2012) identifica quatro categorias da forma como os jogadores devem de interagir entre si, nomeadamente: o design da aparência (a forma como um jogador veste o seu avatar estabelece as suas caraterísticas pessoais), as ações comunicativas (utilização das ferramentas de comunicação do jogo, para interagir com os outros jogadores), as ações emotivas (representar dentro do jogo, de forma textual as emoções dos jogadores) e, por último, as ações de comando (são as ordens dadas, através de comandos textuais ao sistema do jogo, as quais irão representar uma ação dentro do jogo) (Carvalho & Gomes, 2012, p. 131-132).
Para terminar esta breve reflexão, os MMOG são criados em 2D ou 3D e, caraterizam-se por reunirem milhares de pessoas num ambiente virtual e, por terem regras próprias (mas, permitindo ao jogador uma exploração livre do jogo) (Carvalho & Gomes, 2012).
Eu, não tenho conta em nenhum MMOG mas, o meu irmão, tem no “forge of empires” e, por vezes, a pedido dele, vou lá fazer as “recolhas” da produção e, um facto que, se consta é que, há muita interação entre os jogadores! E, vocês? Um facto é que, como os MMOG, para além de se jogar, também se podem criar laços de amizade! Há quem, conheça lá a sua cara-metade, e esteja a uma distância geográfica consideravelmente grande, conheço um exemplo! Tem algum testemunho a fazer?

Referência bibliográfica consultada:
Carvalho, A. & Gomes, T. (2012). Comunidades de aprendizagem Online em contextos formais e não formais. In Flores, M. & Ilídio, F. (orgs.) (2012). Currículo e comunidades de aprendizagem: Desafios e perspetivas. Santo Tirso: De facto. 121-147.

Sem comentários:

Enviar um comentário